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Abismo
Nunca descobri a razão de ser preciso descer ao fundo dos oceanos
para te encontrar enrolada debaixo das anémonas mais vistosas
e ter de filtrar as areias para respirar o teu movimento.
Nem nunca descobrirei a razão de estar sentado no vazio
escuro e sem cor sabendo que nenhum som me virá despertar.
As ondas e correntes são as mesmas. Frias revoltas traiçoeiras e perigosas.
Só eu mudei. Deixei crescer a loucura que se instalou nos pedaços
do coral seco e quebradiço em que se transformou o meu coração.
Outra maré será precisa para devolver a plenitude da luz à escuridão dos meus olhos.
E eu precisarei de me transformar num habitante vivo dos recifes para me sustentar
do plâncton que circula na vertigem do abismo do teu corpo.
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Comentários
Abismo
Poema descritivo, onde se respira movimento e cor, numa sinestesia de sentidos.
O movimento antitético das cores das anémonas contrasta com a ausência de cor do fundo dos oceanos, metaforicamente o estado de espírito do sujeito poético, no qual habita a loucura trazida por esse movimento das correntes do passado em direcção ao presente. O coração de "coral seco e quebradiço" pulsa nesta escuridão, tentando ainda emergir à luz de uma esperança imersa..."precisarei".
No entanto, o abismo atrai e lança o eu poético nessa vertigem voragem do tempo pretérito, num movimento sem retorno, ciclíco...
Quimeras
Gostei imenso !!! Por vezes
Gostei imenso !!!
Por vezes o amor é assim , nos carrega ao abismo
mais profundo e depois nos convida e ermergir e sobreviver ...
Muito bom te ler !!!!
Beijos
Susan
Abismo
Lindo poema, gostei muito, meus parabéns!
Ja andei por estas paragens, em meu poema "zonas abissais"
Meus parabéns,
MarneDulinski