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Abstinência tecnológica (sobre a dependência do celular)

Há muitas coisas
que me inquietam
o espírito.

Um telefonema inesperado,
uma notícia repentina,
um chamado por socorro.

Fazia tempo,
ah, muito tempo
que não usava um rádio.

Na verdade,
eu usei na época
um aparelho de Bip

Isto foi na época
em que era Pediatra
de sobre-aviso
na Maternidade Mãe-Pobre

Nascia um bebê
com problemas
e a enfermeira
prontamente me "bipava"

Depois surgiu
a telemensagem
eram os famosos
aparelhos Teletrim

Mas, confesso
que a chegada do celular
e do fone-rádio mantém
em constante estado de alerta

E, isso é tão complicado
que esta dependência
tecnológica angustia
gera apreensão e culpa

Vai que você esteja
fora de área?
Vai que a carga
da bateria acabe?

Outro dia,
sem celular ou rádio,
sem relógio de pulso,
senti uma liberdade

Após - devo confessar -
certo período de abstinência,
que fazia tempo que não sentia
a de me guiar pelo ciclo do tempo

AjAraujo, o poeta humanista, escrito em setembro de 2013.

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segunda-feira, setembro 16, 2013 - 10:23

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AjAraujo

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