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Acalento a morte e a vida

Morro, insisto em morrer e em reerguer
Este corpo cheio de dúvidas, medos e segredos irreveláveis

Morro, cada vez que amanheço
E estremeço
Só de pensar que o dia permite mais um lampejar
Mais um pestanejar,
Mais um bracejar de asas retorcidas

Morro, na noite que me engole
Que desfaz minha presença
Que dilui minhas palavras
Num mar de sargaços
Frívolo de abraços

Morro, depois de embater contra a indiferença
Depois de esgotar a razão
Depois… depois choro e grito murmúrios mudos
Acalentados pela loucura
De que nada temos a perder…em viver
(Homines sumus)

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domingo, maio 10, 2009 - 22:49

Poesia :

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IsabelPinto

imagem de IsabelPinto
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Comentários

imagem de mariamateus

Re: Acalento a morte e a vida

Num mar de sargaços
Frívolo de abraços

Morro, depois de embater contra a indiferença

Fabuloso!
entendo tão bem este teu poema.
Gostei!

Beijinhos!! :-) :-? amiga da escrita

imagem de AlexandraMCosta

Re: Acalento a morte e a vida

Gosto da forma como desenhas a poesia. Nota-se que é pensada e trabalhada.
bonito!

imagem de Conchinha

Re: Acalento a morte e a vida

Bom poema, que termina com uma verdade simples, mas tantas vezes esquecida - "nada temos a perder…em viver ".
Por vezes, para o perceber, temos que cheirar a morte.

bjo

imagem de jopeman

Re: Acalento a morte e a vida

"De que nada temos a perder…em viver "
Adorei cada palavra deste poema, num todo fabuloso. Para reler.
Abraço

imagem de Henrique

Re: Acalento a morte e a vida

Morro, insisto em morrer e em reerguer
Este corpo cheio de dúvidas, medos e segredos irreveláveis

É o que nos acalenta a vida!!!

:-)

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