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AMOR DE AVÓ

 

Amor de avô

 

Quando tenho os meus netos no colo,

Fico feliz e de amor me consolo,

A minha alma de felicidade rejubila,

É uma prazer assim senti – la.

 

Com os meus filhos também senti,

Este amor que ainda não perdi,

Estava guardado para os netos,

Com o meu carinho e afectos.

 

Os sentimentos nunca se perdem,

Os filhos e os netos entendem,

Que também me fazem feliz,

Do amor sou sempre aprendiz.

 

Já tinha saudades de assim me sentir,

Tê – los no meu colo a sorrir,

Fazer graças e de ser criança,

Na minha idade que avança.

 

Os meus olhos velhos ainda brilham,

De amor ainda cintilam,

Eu dou e recebo deles tanto amor,

É um sentimento belo e não causa dor.

 

Quando afago os seus cabelos,

Eles recebem os meus desvelos,

Fazem – me sentir a minha vida,

Nesta pequena corrida.

 

No meu colo e nos meus braços,

Os meus netos são os meus laços,

Que me apertam sem doer,

Vivem comigo até perecer.

 

Na minha linha dourada do crepúsculo,

Dar – lhes – ei sempre o meu ósculo,

Com as rugas que lavram no meu semblante,

Que me rejuvenesce e me faz importante.

 

O corpo morre e o amor fica,

Nos filhos e nos netos faísca,

Vai passando de coração em coração,

Nunca é demais o amor e a atenção.

 

 

Tavira, 24 de Agosto de 2010 - Estêvão

 

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sexta-feira, fevereiro 22, 2013 - 11:42

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José Custódio Estêvão

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