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NEM TUDO O QUE PARECE É
Nem tudo o que parece é
A cor do seu cabelo era amarela,
Uma loira de corpo bem feito, bela,
Olhei – a de cima abaixo e mordi a minha boca,
E o meu pensamento ferveu,
O meu olhar abusivo nada me deu,
E a minha mente ficou toda louca.
A loira andava e sorria andava e sorria,
Da sua boca só sorrisos e mais nada saia,
Eu, todo buliçoso, estava indeciso,
Não me saíam palavras para ela,
A minha boca emudeceu por causa dela,
Esta loira estava dar cabo do meu juízo.
A minha coragem estava debilitada,
Todo eu tremia e a minha boca não dizia nada,
Não sabia o que tinha, a minha mente bloqueou,
Perante tanta beleza, não sabia o que pensar,
Mas o que eu queria era com ela falar,
Mas a voz da minha garganta parece que secou.
Uma refega de vento descobre que loira não era,
A suposta loira não passava de uma quimera,
Que fez de mim um bobo envergonhado,
Ela era ele e a minha cara caiu no chão,
Sentia – me enganado e uma dor no coração,
Os meus sorrisos caíram, fiquei perturbado.
Por aquela rua muito tempo não passei,
Para esquecer aquele embuste, parece que delirei,
No meu sono só sentia um pesadelo maçador,
Por causa daquela figura loira falsificada,
Que me fez pensar que seria minha amada,
E pelo embuste ainda sento uma grande dor.
Por causa daquele falso loiro cabelo,
Escondido no seu masculino, tornou – se pesadelo,
Não contei a ninguém pela vergonha que sentia,
De os meus olhos me terem ludibriado,
Agora rio sozinho por este acontecimento passado,
Por causa da falsa loira que me embevecia.
Tavira, 29 de Junho de 2010 - Estêvão
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Comentários
Nem tudo o que parece
O título já diz tudo. Dizem que a primeira impressão é a que fica,mas neste caso,foi a segunda.
Abraços
http://deborabenvenuti13.blogspot.com.br
Poema
Muito obrigado pelo comentário. Tudo de bom para ti.
Um abraço
Estêvão