Amor verdadeiro! Será que já o senti?

Hoje chego a conclusão que nunca amei realmente alguém. Sofri como me tivessem extorquido a vida; chorei como quem me levasse o coração; morri como quem morre quando perde tudo o que ama; odiei como quem odeia o inimigo; escrevi palavras envolvidas em cegado sofrimento . . . mas será isto o verdadeiro amor? Será que por sofrer tão amargamente, ou por odiar como nunca antes odiei ninguém ou ate mesmo escrever palavras envolvidas em prodigiosos sentimentos, terei amado realmente alguém? De todas as coisas que fiz não fiz uma que me leva a poder afirmar que amei realmente alguém, que foi amar alguém como quem ama alguém de verdade. Nunca amei alguém de verdade simplesmente desejei alguém, desejei a sua presença, a sua voz que me acariciava a alma e que me açulava arrepios em todo o meu corpo. Apenas fui obcecado por alguém, alguém pelo qual faria tudo assim como a obsessão o leva a fazer.
O que me leva a sentir um escasso sentimento do que é amar verdadeiramente é o sentimento de quando adorei muito, quando alguém se tornou especial por aquilo que era, por ela me compreender e por eu a compreender também; pelo simples facto de não ser preciso falar para nós entendermos. Nesse momento sim, terá tocado em mim, subtilmente, o verdadeiro amor.
Mas nunca amei verdadeiramente alguém, mas um dia o farei, dia que será diferente de ontem, dia esse que não escolherei, dia esse que nunca esquecerei.