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anjeofagia
penas que não sabem voar
quedam
em procissão ao almofadado
núveo tingido ao sangue
com aperitivo da degola
a cabidela de anjos virgens
ascende felinos aos telhados
ronronam orgasmos gástricos
cânticos báquicos do manjar
sexualidades angélicas pavoneiam
na ponta do garfo
porque as coxas se apalpam
no dente
lascados nacos do apetite
salivam aguaceiros
porque as harpas se tocam
de faca afiada
fatiam-se nádegas na garra
estalam sem palmada
crepitam na ignição
da miada churrasqueira
eterna giratória de espetos
e
as penas descansam na almofada
eu
que já sei miar
ensalivo salivas
por ti
meu querido anjo
© Bruno Miguel Resende
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Poesia :
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Comentários
Re: anjeofagia
BMResende!
anjeofagia?
Voltarei
Re: anjeofagia
Ao que parece um neologismo.
Abraço!