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Anteontem

Entro num vasto albergue
Tenho plumas e sigo alegre
Tenho olhos e vejo discreto
Seus olhos, um tremendo inquérito.

Passo por gloriosas alamedas
Tenho isqueiro e alguma gorjeta
Meio trôpego, igual um perneta
-Um sufoco, mas já se ajeita.

Sigo por respeitosas trilhas
Onde o homem, dá seu prestígio
Tenho um rádio de pilhas
Mas do destino, nem sequer vestígio.

Paro num providencial oásis
Tenho meu descanso merecido
Na lembrança, as outras fases
Na esperança, o sonho adormecido.

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terça-feira, agosto 17, 2010 - 00:59

Poesia :

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tiagoornellas

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Comentários

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Re: Anteontem

Parabéns Tiago pelo caloroso poema.

Paro num providencial oásis
Tenho meu descanso merecido
Na lembrança, as outras fases
Na esperança, o sonho adormecido.

Um abraço Melo

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