Ao esquecimento

Se flagrou inquieto, pensativo,
No intervalo de um cigarro.
Ali, só, ao canto; introspectivo,
Na quietitude do conhaque e do pigarro.

Levantou-se, correu a rua,
Viu seus instintos se extinguirem.
Noite impura, calada, escura...
Fez suas ambições sorrirem

E seus segredos serem seus medos,
Na tortura da queda ser cedo
Para a morte de sua lembrança.

Por fim, afogou seus receios
E a dor que abrigará em seu seio,
Fazendo com a sorte, aliança.