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AO OUVIR CHORAR

AO OUVIR CHORAR

 

 

Quando ouço o choro duma criança,

Corre logo à minha lembrança,

Um olhar triste para o mar,

Doutra criança que era a minha,

Que corria para o mar e depois vinha,

Com uma grande vontade de brincar.

 

O choro da minha criança sem alegria,

Por ter a sua alma sempre vazia,

Do que mais precisava e não tinha,

Disfarçava mas não conseguia evitar,

De mostrar o seu olhar triste ao mar,

Sob o olhar triste da sua mãezinha.

 

Este choro a minha criança não gosta de recordar,

Fica triste por de quando em quando se lembrar,

Da fome que a invadia mas desejava viver,

Quando se agarrava a ela e não queria sair,

Da sua alma viva para sempre dela fugir,

Mas não tinhas forças para correr.

 

 

Tudo o tempo já fez tanto tempo passar,

Mas não posso passar muito tempo sem me lembrar,

Do tempo em que a razão conhecia mas não sabia,

Por ma terem roubado logo de pequenino sem razão,

E me deram a ignorância para encher a minha mão,

Com direito a rezar apenas uma Ave - Maria.

 

 

2008-Estêvão

 

Submited by

quarta-feira, novembro 28, 2012 - 09:44

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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Comentários

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AO OUVIR CHORAR

Sim, trata-se na realidade dum poema assaz triste até porque ter direito a uma simples Avé Maria, não lhe alimentava senão a alma, se é que disso tivesse até a percepção. Então e o corpo? É pena que o tema deste poema seja, digamos, o eco de outros que, certamente, tantos ex-meninos recordarão.

imagem de José Custódio Estêvão

POEMA

Eu fui uma dessas crianças. O poem é uma realidade vivivida pelo próprio
Obrigado
Um abraço Estêvão

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