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Ao sofrível desamor - I
Pela última vez,
Calo minha boca
E cuspo em tua
Um beijo louco
Para aliviar o sufoco
Em meu peito a arder.
Em vão,
Vão-se as mãos
À procura do fim,
Revelando o anseio
Da alma torturada
Que sofre calada
O êxtase do malquerer.
Enfim, tu te rompes em agito,
Agarrado a meus conflitos,
Seios, lábios,
Como um só,
Mas, em teus olhos,
Feito desacato,
Vejo um cheiro bem amargo
Tão difícil de tragar!
É a compaixão saciada,
Resvalando em meu corpo rejeitado,
Antes lânguido, tão amado,
No passado a suspirar.
E, com a alma corroída,
Um sorriso de perdida,
Permito-me não mais te amar.
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Poesia :
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Comentários
Re: Ao sofrível desamor - I
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Linda determinação, de uma mulher, que não ama mais!
Meus parabéns,
Marne
Re: Ao sofrível desamor - I
Um poema escrito com alma!
:-)
Re: Ao sofrível desamor - I
Em vão,
Vão-se as mãos
À procura do fim,
Revelando o anseio
Da alma torturada
Que sofre calada
O êxtase do malquerer.
Mais palavras não poderiam expressar melhor esse sofrível desamor.
Re: Ao sofrível desamor - I
O VERBO É DIFÍCIL DE VER MAS FÁCIL DE ENTENDER. O MUNDO SÓ E COM O ESPÍRITO ASSIM SWE NASCEU E VI NO SEU POEMA.
ABRAÇO E OBRIGADO ANA.
AMANDU
Re: Ao sofrível desamor - I
Analuz,
Amor, por favor, não obrigado.
O poema é muito melhor que este comentário amplificando a crueza bem alto o desconforto de um corpo rejeitado, descartável. Parabéns.