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aorta...
não tenho essa veia,
aliás o meu sangue é frio...
consigo rir-me de ti,
e tu sangras...
não tenho artéria,
nem uma coronária...
tenho um vazio,
sem uma aorta...
em mim não se fazem trocas,
nem gasosas, nem liquidas..
mastigo, mordo,
cai em saco roto...
não me duplico...
não ingiro...
não penso,
vivo centrada neste chip,
que programo e reprogramo...
...sem lógica!
não tenho pele,
tenho sensores...
não tenho dores,
apenas fico sem baterias...
não tenho essa veia,
não tenho aorta...
não tenho esse músculo,
que te faz pulsar...
não tenho mais fluidos...
tenho apenas...a minha mecanica...
.
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Poesia :
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Comentários
Re: aorta...
Bom poema!!!
:-)
Re: aorta...
Uma excelente mecânica, num poema dissertivo sobre o que o teu " eu" vai abandonando,(perdendo) e o teu consciente vai ganhando.
A fantástica catarse de te singires exactamente ao umo que pretendes atingir.
Esse desfolhar,(desmembrar?) metódico.
Parece á primeira vista apenas um poema básico...
Mas só parece, uma leitura atenta desvenda uma fantástica costrução metódica.
Gostei bastante!