Até quando, vai demorar...

Até quando, vai demorar,
este esperar…
Até quando, vou aqui,
permanecer,
esperando o teu aparecer,
o teu conhecer.
Até quando, vou assim,
voltando cada dia,
sem passos apressados,
sem abraços esperados.
Oh Tejo, que cruzo,
em cada amanhecer,
que me deleito, em cada entardecer,
cansado, vou e regresso,
sabendo um dia,
que o teu receber,
será baptismo,
do nosso pertencer.
È sobre o teu mar,
que derramo, o meu amar,
sobre cada gota, do teu afundar,
que junto, o meu lacrimejar;
mas em desculpas te faço pedir,
que me permitas, um ombro,
para segurar, o meu fluir,
e possa também, receber,
um recíproco sofrer,
lágrimas, esperando nascer.