Ato de ator

Abomina-se as minhas faces:
Prantos e insatisfações,
Lamentos em gestos e conquistas vazias...

AH! Sofreguidão que me alfineta o peito!
Dilacera esse mal lisonjeiro,
Mortifica ao genocídio a minha irá por justiça!

(...) Vozes ao vácuo, gritos sombrios,
E homens cavalgando por entre as víceras
de seus planos homicidas...

Oh! imprevisão!
Liberta-me do medo de me esvair
por entre as mãos da amada,
antes que as cortinas se fechem
e o espetáculo acabe...

Reine sobre mim outra vez :
Luz, foco principal!
E que o maior dos astros da noite,
seja ,eu, pobre-cadente mortal...

E que as minhas lágrimas
expressem a dor de minh’alma,
que ,agora, geme por receio de vaias e criticas..,

- “Mais que merda de ator, que sou! (Eu só queria não estar comigo!)”

Pois,vivo coisas que não faço
e faço coisas que não vivo...