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Bem-vinda seja, ó dor!
Venha a dor! Que me bata nas ventas
E me arregale as pupilas até ao avesso
Do corpo, onde, decerto, saberei quem
Sou e até onde se estende este tormento.
Que a frincha se estenda até onde as
Trevas se confundem, para que o retorno
Se faça mais longo, e mais profundamente
Possa depreender que me estou a conhecer.
Sei que vou chorar, que pedirei clemência
Quando a dor me subjugar, pois o medo
Tem o poder pérfido de me entreter, de
Me manter distante e desfocado do meu Ser.
Terei que a suportar, até que me leve à proa
Da noite escura e arrefecida, e quando me voltar,
Não verei mais que a minha sombra, o rasto
De mim despedaçado que colherei ao regressar.
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Poesia :
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Comentários
Re: Bem-vinda seja, ó dor!
Ora aí está um frito de dor, de zanga, de castigo!
Num poema incrivelmente bem escrito.
Muito bom
Que grande poeta, continua!
Helena
Re: Bem-vinda seja, ó dor!
Jopeman
...e por vezes há dores psicológicas e/ou físicas que se tornam intensas dores num universo em todos os sóis e em todas as luas da lida...sem remédio...o remédio é saudar a dor e deixar andar, andar até quando...
"Terei que a suportar, até que me leve à proa
Da noite escura e arrefecida, e quando me voltar,
Não verei mais que a minha sombra, o rasto
De mim despedaçado que colherei ao regressar."
Um abraço :-)
Re: Bem-vinda seja, ó dor!
LINDO POEMA, GOSTEI!
Meus parabéns,
MarneDulinski
Re: Bem-vinda seja, ó dor!
Amigo Jopeman.
Ótimo poema, bem formalizado.
Um abraço,
REF
Re: Bem-vinda seja, ó dor!
Um rasto de dor, num poema forte e bem escrito, parabéns.
Beijos
Re: Bem-vinda seja, ó dor!
Nossa... Poeta do impoetável...poetastes meu universo impoderável de dor e desatino. Poeta...poeta...em versos versas meu triste e dorido destino.
És para mim um poeta em que leio-me inteira,
és para mim um poeta que me seta, com seta certeira!!!
Adoro ler-te. Amigo poeta.