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Carta á Poesia

04 de Agosto de 2011
 

Olá,
Estás boa?

Sim, eu sei, já não falamos a algum tempo. Desculpa! Ultimamente os meus dias começaram a perceber a leveza do tempo e como ele pode ser levado pelo sopro rápido da vida ocupada, sem que se note. Agora percebo o espanto de tanta gente ao dizer: “O tempo voa”! As nossas noites, aquelas longas noites em que nos encontrávamos entre tantas e muitas conversas, sofreram uma metamorfose, tornaram-se curtas e vãs para o meu descanso e para nós tornaram-se indisponíveis. Desculpa!


Ainda não te disse, mas encontrei um trabalho e gosto daquilo que faço. Não é um sonho de emprego mas eu também não tenho um sonho de vida, por isso nem sempre me consigo encontrar contigo. Quando eu te posso ver tu não estas presente e quando tu me queres encontrar eu não te posso dar atenção. Andamos assim nestas linhas opostas que não convergem em nenhum ponto. Desculpa!


Quero que saibas: Eu não deixei de te amar! Não te tenho escrito em papel, mas vou-te escrevendo no pensamento, nas horas de mais inspiração, para que quando o tempo me dê uma pausa eu te possa demonstrar o quanto és importante para mim, através de palavras imortalizadas numa folha de papel. Quero que saibas: Continuo a amar-te e a achar-te divinamente bela. A tua beleza consegue prender a atenção do olhar mais insensível, consegue amolecer o coração mais fechado e até os astros do céu consegue encher de inveja, todos eles querem ter o teu brilho e por isso te perseguem até á mais pequena folha e ao mais pequeno verso, onde te escondas. És o inverso do girassol: não segues o sol, mas fazes o sol seguir-te.


Tenho algo para te contar: continuam a haver coisas que não percebo. Não sei, mas hoje senti uma porção leve de arrependimento no seio do meu coração, por ter rejeitado um amor que não fui capaz de amar. Talvez seja um arrependimento constituído por fragmentos da estranheza instável de ver que alguém ocupou o meu lugar. Mas se aquilo que ela queria e merecia só lhe podia ser dado na força de um amor, que infelizmente eu não sentia, então para que continuar a regar uma árvore sem capacidade de dar fruto? A verdade é que isso já não interessa. Apenas sei que hoje senti saudade da compreensão nas palavras dela e saudade da maneira como ela me conhecia. Senti também a alegria de saber que anda feliz, com alguém que lhe desenha um sorriso como eu nunca lhe poderia esboçar, pois o carvão do meu lápis não era amor genuíno.


Já tinha saudades de falar contigo (oh saudade, o sentimento que eu a amo na hora em que desvanece), mas por hoje e no meu triste olhar terei de te deixar. O sono conseguiu tomar conta de mim e o cansaço percorre cada pedaço do meu corpo. Quero ir dormir, mas só o faço depois de dizer: Amo-te!
 

PedroSilva

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terça-feira, agosto 16, 2011 - 19:07

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