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A CASA DO SENHOR DAS ÁGUAS
Não apresso a despedida,
Não apresso o rio,
Cultivo esse nó
Que se desata, eterno,
Lento.
Lentamente cavalgando as luas
Delírio de astronauta.
Coisas, gestos mínimos,
Canto da boca,
De onde recolho gota- a- gota
O sumo, a essência.
Isso que não é lunar
E por ser movediço
E denso,
Também não é terreno.
É onda
Quando se alevanta
Arrebatando voraz
A fauna,
A flora,
A vida marinha,
E se arrebenta praia
E se aquieta
Do seu próprio furor
Se se alimenta,
Argonauta.
Domínios do mar,
Onde resido.
Onde a maresia
Chicoteia o vento
E lambe meus pés de areia,
Passageiros.
Isso de que falo
Me arrebata,
Avassala.
Se estende desmedido
Entre os mapas,
As omoplatas,
E faz do ventre
Um ninho de gaivotas.
Isso de que falo
É marulhoso, infinito,
Tenso.
E eu não desejo
Escapar da sua casa
Senhor das águas,
Mar esplêndido
Sandra Fonseca
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Poesia :
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Comentários
Re: A CASA DO SENHOR DAS ÁGUAS
Muito bom, gostei de ler! :-)