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A Caveira da Amante
De reminiscências afeiçoadas,
proliferaste odores epidérmicos,
no intruso cetim andrógino,
álveo de ténues fragrâncias,
como mofino incenso,
lacrimoso resquício da baunilha,
pelo esquecimento,
eterna relembrança do resistente,
dos pavios em distorções,
soturna agonia,
outrora perdera tuas faces…
Multiplicavas-te como esbatidos vultos,
ópio em silhuetas contornadas,
insolências libidinosas ao saudosismo,
névoas de desejos extintos,
fulminados às vigílias,
das lucubrações ao arrasto da existência,
como intermitências pungentes,
das essências travejadas,
me afoguei em charcos de absinto,
crédulo gorgolejado gemido…
De me ter perdido em ti,
me cerrei,
dos zénites enlaçados nas línguas,
palato árido,
indaguei-me tauxio,
como camada ostentada ao sentimento,
revestido aos teus seios,
plena miragem do dualismo…
Ébrio em cicatrizes,
terras queimadas aos gélidos inexistentes,
do mastro ensarilhado à tua foz,
enclave no deserto desaguado,
permanência da inconsequência do brilho,
refulgi visões nas tuas órbitas,
poços sem fundo,
em cólera de nada sentires…
Entropia febril aos espelhamentos,
por sempre lembrança das melodias,
expressões do ininteligível apaixonante,
por sempre verosimilhança com sonos,
do interior,
dilatada temporalidade ao cadafalso,
do exterior,
luzidia contemplação ao teu esfumado esqueleto,
ilustre túnica negra ao teu nu…
Cinzenta escabrosidade da disjuntiva,
insânia amenizante,
das vivências às cinzas diluídas,
escorri lágrimas à pele desaparecida,
da incumbência erosiva,
um lânguido abraço aos ossos,
porque me perdi no desencontro do sempre,
e trémulo beijei a tua caveira,
ao ritmo do espelho do tempo…
© BM Resende
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Comentários
Re: A Caveira da Amante
Ébrio em cicatrizes,
terras queimadas aos gélidos inexistentes,
do mastro ensarilhado à tua foz...
Estectacular!!!
:-)