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A CHUVA NÃO PÁRA DE CAIR




A chuva não pára de cair

 

 

 

Ainda chove tanto lá fora,

A minha alma recorda e chora,

Do tempo em que era menino do chão,

Queria comer e não tinha pão.

 

Recordo a chuva que na cama caía,

Quer fosse de noite ou de dia,

E eu cheio de frio chorava tanto,

Encolhido no chão a um canto.

 

O vento assobiava no postigo,

Este sibilar esquecer não consigo,

Assim como o ruído da chuva a cair,

E a fome que teimava em não sair.

 

O meu corpo tremia tanto de frio,

Que mais parecia um desafio,

Entre a vida que queria viver,

E a fome que me queria comer.

 

Aquela chuva era tão fria,

Que me arrepiava quando caía,

E eu desejava tanto o seu cessar,

E a minha alma não parava de chorar.

 

Aquelas gélidas gotas pareciam lágrimas,

Que caíam das nuvens altíssimas,

Eu zangava – me com o divino,

Por me castigar de tão pequenino.

 

Por isso quando ouço a chuva a cair,

Sinto a recordação a surgir,

No meu bem estar de agora,

Onde me sinto bem a toda a hora.

 

Este passado está na minha mente,

E eu não quero que ele se ausente,

Quero – o sempre agarrado a mim,

Até chegar o momento do meu fim.

 

 

 

 

Tavira, 23 de Fevereiro de 2010 – Estêvão

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sábado, fevereiro 9, 2013 - 12:50

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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