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Cinza
É tal o cinza que as cores amortece,
De neutralidades amalgamado
Que sendo aos gritos ou sendo calado
Nada diria inda que tudo dissesse.
Um mundo em preto e branco mergulhado,
Imundo, onde nada murcha nem cresce:
Tardo a subir tal o sol que logo desce
Como se nunca houvesse ali brilhado,
Sobre um solo cor de cinzas altruísta
E mesmo assim de ajudar incapaz:
De que me vale ser tido um artista
Se mesmo não sendo avesso a paz
A dualidade gera o pessimista
Que ante a tudo crê ser o que não faz?!
08 de dezembro de 2012 – 21h 11min
João Pessoa - Paraíba - Brasil
Adolfo J. de Lima
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Poesia :
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