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Circo de horrores
Os riscos invisíveis não podem ser possíveis
Sem uma razoável dose de caos interior
A mente inquieta do pensador pode extrapolar
Mas não pode deixar de pensar além da imaginação
Deve navegar os mares desconhecidos do tempo
Em direção aos segredos do universo.
Os desenhos nas paredes brancas
Pode simbolizar o perecer fecundo do tempo
Pode querer dizer alguma coisa importante
Além das que estão formuladas em nossa mente
Porque não sabemos muito sobre o universo
E nem mesmo sobre o que se passa em nossa mente.
O aroma perfumado da ilusão pode enganar
Os sentimentos equivocados dos sonhadores
Quando não se pode diferenciar de olhos abertos
O sagrado e o profano que andam de mãos dadas
Nas apresentações medíocres de pessoas manipuladas
Enganadas em suas falsas esperanças de salvação.
Línguas ásperas ejetam palavras obscenas
E o pecado da carne é santo se comparado a embriaguez
Dos que se colocam como deuses nos pedestais
E provocam o caos nas mentes indefesas de quem não lê
O que predomina nesses lugares lúgubres
São lágrimas de festim transbordando fantasias.
Um pequeno circo de horrores se forma
Com artistas maquiados com as máscaras da hipocrisia
Cheios de euforia como um rio transbordante
Sem perceberem que o destino é tão certo como a luz do dia
E a colheita chegará na estação certa
Onde haverá a separação crucial do trigo e o joio.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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