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CORPO EM SUSPENSO

A lamina que atravessa a pele
atenua a dor que sinto
e o sangue que jorra
verte-se num copo de vinho tinto.
Vai-se a vida na correnteza
de um rio que desagua no abismo
e o corpo descansa sem vida
nos escombros do teu sismo.
Uma gota faz transbordar
o copo ainda por encher
enquanto o corpo balança
em corda que alivia o sofrer.
Abraço-me em penas
na desilusão do momento
e um velho violino
vai tocando em tormento.
Preso a uma teia
que amarra o meu ser
que sonha como liberdade
enquanto ouve o vento bater.
Olho o céu que me foge
em perpétua combustão
caminho em deserto arenoso
feito de pó de erosão
Por momentos sou feliz.
consigo ser feliz
num simples mergulho
num lago de olhos em azul escuro
e volto a um passado
onde foste o meu orgulho.
Nasce um novo sol
na palma da minha mão
um sol pequeno e nubloso
feito de jogos onde fui um peão.
Chega a brisa que acaricia
as folhas mortas da nossa historia
e as arrasta pelo chão
para um arco que não é de vitória.
Bailas nas águas com suavidade
num simples movimento de corpo
enquanto o peso da saudade
faz de mim um peso morto.
Quero dormir na pedra gelada
num sono de eternidade
e o balão que outrora voava
repousa agora na saudade.

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quarta-feira, agosto 24, 2011 - 23:25

Poesia :

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Rui Afonso dos Santos

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