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cotovia. Formas de vida num espaço. palavras inventadas com o meu significado.

Pensaste em fechar os olhos. Dormir dessa realidade. Pensaste na rotatividade da vida e tu no meio dela. As coisas derivam do querer ou a sorte plantada e os seus precedentes.
Pensaste nesta corrida contra o tempo. No que fazer para acudir e sacudir esse temperamento enfiado na cabeça. Pensaste na sabedoria acrescentada que te entra todos os dias pela porta adentro. E a relatividade das cores pintadas no teu espaço forrado pelo teu incerto.
As passadas dessa coisa agreste, à deriva das imagens. Passagem e alternância entre tudo e o seu contrário.
Pensaste recuperar desde o acto da nascença. Pensaste que somente o ser humano se capacita a isso. Nas mensuráveis coisas que disfrutam, o paladar que pensa, o olhar que sente, o som que se abraça e reproduz.
Pensaste na alegoria desse teu ser. E no grito literal de tuas palavras. Pensaste que não era aquilo que querias dizer. Mas disseste. No teu azo discriminado pelas tuas escolhas ficou-se sem te entender. E essa guisa de enfrentar o mundo a chover só dá para ficar molhado.

Soubesses que nada se perdeu ao longo da história. Ficaste para trás nessa tolice comedida apresentada em tantos anos. Soubesses que viraste ruína mesmo antes de morrer. Soubesses a diferença entre estar vivo ou viver. Talvez não pensasses tanto.

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terça-feira, setembro 3, 2019 - 17:29

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Anaamorim

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