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CRESCÊNCIO


Era uma criança inteligente e brincalhona,
fez-se um adolescente pra frente e sorridente;
d’aí a um rapaz idealista, aventuroso,
até ver-se um adulto infeliz, indignado,
no cerne da sua espiritualidade,

pois no que se encontrou de repente,
se havia enclausurado, em estreito sentido
num enredo mundano,
num mal inimaginado.

Vinha crescendo no aprendizado
das coisas da vida;
no que a si mesmo se propôs,
até saber deste ardil
sentindo-o em si,
irrecorrivelmente.

Não mais havia seu chão,
                          suas paredes,
                          seu espaço,
                          seu lugar...
Era mais um sonhador perdido no planeta.

A morte lhe flertava como caminho de fuga;
estrelas refletiam-lhe,
insinuando-se em sua realidade,
solitária, distante, deserta,
em pungentes pontiagudos brilhos,
despertando-lhe vislumbres de outras direções,
a atuar assim nesse mundo desregulado,
desajustado, desconcertado,
de tantos problemas;
ser mais um referencial de a vida acima de tudo
para tantos quantos nessa enrascada
a sofrerem se vejam.

Tanto houvera feito sem porque fazer;
tanto sem se dar com o que houvera feito,
como fosse fantoche de si mesmo,
de desmedido e descontrolado desejo
para uma platéia, seleta ou não.
E assim chegara ao grande mal-feito,
cometendo loucuras.
Era um adulto triste;
já menos que infeliz.

Apesar de tudo
ainda era um sobrevivente
da grande viagem ao desconhecido;
de onde tantos não voltam.

E um quê de amor à vida,
de amor ao viver,
subsistiu-se nesse seu ser,
desta forma resumido
em pleno juízo
reencontrando-se assim no desejo,
no sonho,
no amor,
revelando histórias na sua história
de magnânima forma,
graças a um dom congênito seu,
o qual fora turbinado potencialmente
quando num momento de queda ao chão
adquiriu sua mente a energia da força,
vivenciando um recurso fenomenal da natureza,
que assim o acolhia em seu seio,
e que fora otimizada, aperfeiçoada e arrematada,
e que revelou-se de distintiva preciosidade,
no que se fazia imperioso
dar sentido a sua vida de sonho, de desejo, de amar...
Submeter aquela toda tristeza,
e para fazer com que ela irreprimivelmente
se implodisse dentro em si.
E no que se fez trazia-se integrado
a todos os sentimentos atinentes,
inteligentemente pra frente,
aventureiramente idealista,
ainda que não escondendo a tristeza em sua razão,
mostrava-se brincalhonamente sorridente,
indignadamente revelador,
espirituosamente feliz,
atuando assim nesse mundo.
 

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segunda-feira, junho 27, 2011 - 05:22

Poesia :

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Hílton Neiva Jácome

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