CRIANÇAS, NAS FEIRAS LIVRES.

Vendo crianças nas feiras livres,

Fiquei a imaginar,

Agitando-se pôem-se a incomodar,

Os feirantes querem afastá-las.

Saíram em busca de alimentos,

Qualquer coisa,

Sua fome saciar,

Eu me sentindo pequena,arrasada,

Pois muitas vezes,

Não posso ajudá-las

Uns com caras de maus,

Outros com compaixão,

Feirante onde está seu coração?
Crianças com fome,

Juntam qualquer coisas do chão.

Você se atreve a julgar essa ação!

Com certeza acho que não!

Não posso julgar, nem condenar,

Pois não há justiças , nem injustiças,

Para justificar,essa guerra, mas um dia tem que acabar,

Então baixo olhar, 

A magestade , vai passar,com todas as pompas e seu esplendor,

Mas as crianças continuam com fome , com dor,

Derramo o ardor da  minha ira,

Com o mesmo olhar ainda,,

Curvada perante todos, rendo-me,

Não consigo acusar, muito menos perdoar,

Olho-as com ternura, pois já estive neste lugar,

Consumida pelo ódio, 

Pela fome,

Pela miséria de uma sombria solidão.

Hoje, quase nada mudou,

As crianças em sua inocência sem pudor,

Com dor , ainda estão lá!