CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A dança dos corvos
Manhã de domingo, sol brilhante reluzente
Luzes radiantes no infinito parecem dançar
Céu de extasiante azul se mostra ao infinito
Aos poucos nevoa surge, mansa e serena
O sol outrora radiante perde seu brilho
O azul do céu cinza torna-se, o brilho se apaga
Portões aberto, campo santo pronto a esperar
Tumba limpa a aguarda o corpo que abrigará
Cortejo adentra campo santo a esperar
Sepultamento se fará todos seus lugares a guardar
Poucas pessoas passo a passo a seguir a urna
Tristes cabisbaixos olhos úmidos de lágrimas
Tumba aberta aguarda corpo que repousara
Céu triste, acinzentado a chorar também esta
Neblina suave cobre o cotejo triste a caminhar
Do céu cinzento de aspecto pesado e turvo
Aves negras chegam ao cerimonial
Negras, como breu das trevas como a cor do luto
As primeiras três chegam, num bailar suave
Dançando um balé dantes jamais visto
Rodeiam e sobem e descem serenas e silenciosas
Aventuram-se a no ar plainar, sem vento ou brisa
Mais negras aves chegam aos pares como casais
Sete agora dançam sobre a tumba, desce a urna
Num plainar suave, tranqüilo sem pressa sem angustia
Descem e sobem no ar, batem suavemente as asas
Para o silêncio não transgredir, e a dor não ferir
Mais duas aves chegam e se posicionam mais alto
Os corvos dançam a dança da despedida
E uma roda e esta se faz, com estrela de sete pontas
Os últimos a chegar mergulham por dentro da roda
De maneira da tumba a se aproximar
E a quase nela adentrar, pessoas se assustam
A lápide cobre a tumba e aos pares os corvos se afastam
Sobrando três a bailar, uma dança delicada como se algo levassem
Todos partiram, e os corvos bailavam em roda com suave continuar
Num choro contido a olhar para o chão um homem passa
Pergunto: quem faleceu senhor?
Minha mãe responde
E os três bailarinos somem já partiram perdidos no horizonte
Dançando e dançando se afastaram os corvos
A névoa começa a se dissipa o choro acaba
E o sol volta a brilhar reluzente com antes
Os corvos se foram a outra tumba dançar.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1405 leituras
Add comment
other contents of marialds
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Tristeza | Separação | 0 | 2.564 | 07/22/2015 - 19:11 | Português | |
Poesia/Geral | Veja | 0 | 3.172 | 07/19/2014 - 02:55 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Pensamentos | 0 | 2.369 | 03/02/2014 - 01:55 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Pensamentos | 0 | 2.632 | 03/02/2014 - 01:47 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Pensamentos | 0 | 2.850 | 03/02/2014 - 01:41 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Pensamentos | 1 | 3.160 | 12/20/2013 - 20:17 | Português | |
Prosas/Outros | Frase | 0 | 2.491 | 11/27/2013 - 23:50 | Português | |
|
Fotos/Natureza | Flores popularmente chamadas de "Damas da Noite" | 0 | 5.255 | 11/27/2013 - 23:44 | Português |
Poesia/Geral | Noite de Solidão | 0 | 2.817 | 11/27/2013 - 22:23 | Português | |
Poesia/Geral | Fria Madrugada | 2 | 3.696 | 11/27/2013 - 21:34 | Português | |
Poesia/Geral | Cotidiano | 2 | 3.353 | 11/17/2013 - 23:57 | Português | |
Poesia/Fantasia | Ser em Sombras | 0 | 2.522 | 05/11/2013 - 23:30 | Português | |
Poesia/Geral | A Flor da Pele | 2 | 2.974 | 06/24/2012 - 20:48 | Português | |
Poesia/Geral | Solidão de nos Dois. | 2 | 2.768 | 06/17/2012 - 19:39 | Português | |
Poesia/Geral | Passagem | 0 | 2.899 | 06/17/2012 - 01:57 | Português | |
Poesia/Geral | Momentos | 1 | 3.214 | 03/30/2012 - 09:04 | Português | |
Poesia/Geral | Teu Perfume | 0 | 2.808 | 03/30/2012 - 04:04 | Português | |
Poesia/Geral | Espectro | 0 | 2.360 | 03/30/2012 - 03:56 | Português | |
Poesia/Geral | Na Face do Menino | 2 | 2.912 | 01/22/2012 - 02:59 | Português | |
Poesia/Geral | Tombados | 0 | 2.430 | 01/21/2012 - 02:32 | Português | |
|
Fotos/Paisagens | Estrada de nuvens. | 0 | 6.074 | 01/15/2012 - 21:38 | Português |
Poesia/Haikai | Sem Titulo | 0 | 2.708 | 01/15/2012 - 21:00 | Português | |
Poesia/Haikai | Sem Título | 0 | 2.949 | 01/15/2012 - 20:59 | Português | |
Poesia/Tristeza | Apenas Lembranças | 0 | 2.583 | 01/15/2012 - 20:56 | Português | |
Poesia/Soneto | Livro de bolso | 0 | 4.221 | 09/17/2011 - 04:15 | Português |
Comentários
Re: A dança dos corvos
Uma situação que se vê constantemente mas que pessoalmente,não é fácil passar. Ler este texto fez-me voltar à mente agumas situações tristes e relativamente recentes. Dolorosas, tristes e definitivas para a vida de qualquer ser humano.
Seu texto mostra a tristeza num cortejo da vida e da morte. Muito bom, amiga! beijos
Re: A dança dos corvos
Adorei o poema,
A observação perfeita de uma situação transformada numa bela poesia.
Como já disse antes,adimiro seu trabalho e agradeço pelos comentários as minhas poesias e críticas.
Grande beijo :-)
Da amiga,
Daniela Gomes
Re: A dança dos corvos
Obrigado as duas comentaristas, foi dificil de escrever, pois foi um fato real que presencie no cemitério da minha cidade; acredito que não seja bem uma poesia, mas uma descrição poética de um sepultamento.
Resolvi escrever pois, a maneira como os corvos voavam como num balé, me encantaram, talvez isto não tenha ficado bem descrito.