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Das Novas Condições

A palíndrome execrada destes versos
É desconvexa. Alucina-a-mente em berros
Propõe à antropofagia um belo trago,
Pois, do escarro ao escárnio é o que trago,

Entre-linhas tantas, costuro na garganta,
O posto sem rosto do gosto daquilo que não espanta.
E da aliteração à obliteragem, sumo na paisagem
Cinza-inóspita desta vida sem ida, a passagem

Não tem volta. Nem escolta. Só-e-mente,
Corta, repetindo o artigo descrente,
Da velha des-crença, im-pressa na aorta,
A antítese sem forma da fôrma que orna a porta,
Está exposta.

Enfim, em mim

T A L V E Z

Uma resposta. Re-posta no papel que já não é
Nada mais que um saudosismo submisso e sem fé.

Poema que retrata, de certa forma, as novas condições poéticas impostas pela linguagem que nos corta. Imposta pela vida pós-moderna, por que não dizer já pós-humana, ou simplesmente anômala. Enfim, uma pequena reflexão.

Submited by

segunda-feira, dezembro 21, 2009 - 22:34

Poesia :

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malentacchi

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Comentários

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Re: Das Novas Condições

ÓTIMO POEMA, MEUS PARABÉNS!
MarneDulinski

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Das Novas Condições

Talvez fosse também apropiado dizer sub-humana.

Ótimo poema.

Parabéns,
REF

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