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Decadentes Devaneios
Uma infância inocente, um coração pulsando forte.
Entre sonhos e devaneios, festas e fantasias.
O uirapuru nos alegrava, com os gorjeios do seu cantar.
E no riacho cristalino, fazíamos festas a nadar.
Canta, canta uirapuru.
Desperte com seu cantar, um país jovem varonil.
Que crê na ordem e progresso, e tem o nome de Brasil.
Nascer, crescer, semear fraternidade, paz e amor.
Todo dia, é dia de ser feliz, amem...
Mas nossos antepassados acreditaram em acordos, para nossa conveniência.
Não se falava em maldade, e o bem era definido.
Criamos um elo e manietemos a nós mesmos.
Ao nos vermos subjugados, aceitamos tais imposições.
Muitos tentaram quebrar estes elos.
Buscavam liberdade e independência.
E mesmo num clima conturbado.
O uirapuru cantava triste e distante.
Mas o riacho ainda era cristalino, transparente e borbulhante.
Impossibilitados de preservá-lo, como parte da natureza.
Alguns Chicos sucumbiram, pagando altos preços.
Outros Mendes, cheios de fé e esperanças, logo as perderam.
Caminhos violentos e tortuosos dobraram suas vontades.
E o uirapuru já não existe, e se existe está sumido.
E os riachos cristalinos, tornaram-se córregos poluídos.
Tiranos que se impuseram, através de suas fórmulas.
Mais tarde também serão, vítimas do que semeiam.
Em suas sementes contêm, ambição ao poder.
Intenção de possuir, se apossar e escravizar.
Tanta voracidade...! Por pura vaidade! Que pena...! Tudo ilusão!
Como crianças gananciosas, se tornaram insaciáveis.
E mesmo com a boca cheia, e as mãos abarrotadas das melhores porções.
Ainda têm olhos compridos, nas migalhas dos semelhantes.
É humilhante, e me revolta. O tempo passa indiferente...
Crianças se tornam adultas, em meio à violência.
Esperam a qualquer momento, que marginaizinhos.
Criados pelo sistema, lhes de um tiro... Melhor assim.
A conviver com a fobia, de se tornarem velhos e decrépitos solitários.
Abandonados no mundo, sem amor, sem esperanças e sem fé no futuro.
Os que acreditaram, estão tendo decepções.
O sistema castrou seus sonhos, e a muitos assassinou.
E do uirapuru, já não se ouve mais o cantar.
E no riacho, outrora cristalino, não é possível mais nadar.
Mas surgem novas vidas.
E as esperanças se renovam, em corações puros e inocentes.
Mas o cantar do uirapuru, eles não mais ouvirão.
Nem poderão dar um mergulho, no poluído ribeirão.
Cabia a nós. Chinfrins pentacampeões do mundo.
Por questões de ética e justiça.
Discordar da política do pão e circo.
E entregar aos nossos descendentes, tudo o que herdamos.
Senão melhor, nas mesmas condições que encontramos.
Eu tenho pátria, e a pátria é a mãe de um povo.
Mas tem filhos que são da pátria.
E tem filhos que são da P...
Confundindo patriotas com idiotas.
O desabafo acalenta e acalma as aflições da dor doida que dói na alma.
A mente contaminada pela ilusão material é um solo fértil, onde germina a semente do engodo, da ganância e injustiça; que são os alicerces de destruição da humanidade.
Autor independente: janciron@hotmail.com
Janciron
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Comentários
Re: Decadentes Devaneios
Para mim, esta é a verdadeira versão dos "descobrimentos".
Desde pequeno que lamento esse nosso passado, que nos obrigam a ler com orgulho.
Se havia lá homens, foram eles que descobriram...
Também por esse motivo adorei o teu poema.
Um abraço
Re: Decadentes Devaneios
Mas nossos antepassados acreditaram em acordos, para nossa conveniência.
Uma meditação engodada por aflições da dor doida que dói na alma.
:-) :pint:
Re: Decadentes Devaneios
Um otimo texto!!
Adorei! DESABAFO!!E SEMPRE BOM DESABAFAR!!! :hammer: