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Definição

Será que ainda estás?
Será que ainda és?
Não sei o que me faz
Clamar pelos teus pés.

Despedi-me de tua mãe neste domingo.
(Cruéis horários do transporte público...)
Ah, como eu a amo!
Lança sobre nós o teu encanto.

(Voltei, reencontrei-te...
Ao ventre da mais sagrada das mulheres.
Ela me esperava, fingia que não...
Eu acalentava versos em meu coração.)

De ti, jamais desejarei sentir saudades.
Portanto, permanece ao lado meu.
Sabes que és, de nossas vidas, a metade.
Vence, pois, as intempéries... Repousa em braços meus.

Perdoa-me por tudo...
Perdoa-me pelas palavras,
Perdoa-me pelos absurdos,
Perdoa-me, outrossim, por te ter deixado no escuro.

Reclamei de comprar fraldas,
Reclamei por ter um lar,
Reclamei por ter escalas,
Reclamei por me casar...
Hoje tudo isso é o que mais quero!
Acredita que teu pai te é sincero...

A águia mãe treina seus filhos —
Do penhasco, os derruba.
"Aprendei a voar!",
Brada-lhes em meio a nuvens taciturnas.

Se uma delas não o aprende,
A mãe confia em seus instintos
(A saber que existem, inexistem)
E mergulha em tom rasante pela vida de seus filhos.

Quanta rigorosidade!

No entanto, não sou digno ainda de, a ela, ser comparado.
Somente me permite recorrer a alguns passos,
E permite que, de tua mãe, eu roube certo trecho
Desta linda alusão, a tua vida por desejo.

Prometo acompanhar cada passinho,
Prometo ensinar-te cada música,
Assim como prometo vencer junto contigo,
Como ao teu lado estar presente, ao calor de cada luta.

Deixa que eu termine cada carta,
Deixa que eu te torne meus poemas,
Deixa que eu chore a cada fala
De teus lábios, ao romper de teus dilemas.

Tenta olhar para mim...
Não morre, meu bebê...
Vive!
Ensina o teu pai a ser feliz,
Caminha junto de teu pai e sê feliz.

Submited by

segunda-feira, fevereiro 21, 2011 - 02:20

Poesia :

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Caio Vinícius Reginaldo de Souza

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