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Deixa-me ler as tuas mãos
Deixa-me ler as tuas mãos
transpiradas estão de mexer o mar
Quando regressares da terra nova vou desenhar uma baleia na chávena do café e depois fazer a tua imitação preferida, essa que viste no espectáculo de variedades. As tuas mãos estão quentes, com a colher de pau mexes-te o bolo como quem dá a volta ao mundo, imaginas o mundo entre a guerra e o algodão doce, andas e navegas entre lugares comuns e momentos grandiosos, esses em que a palavra emagrece em respeito á fome, também o silencio tem uma história com margem para muitas frases
lobo 012
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Poesia :
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