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Desfecho (Inesperado) Desejado
Após uma branca introdução
em tons cinematográficos
passagem sem explicação
como se do além se tratasse
Abri uma porta e entrei.
Desconfiadamente
entrei por aquele buraco
de sombra e solidão
que absorveria toda a vida
que lá tentasse permanecer
mas por alguma razão
nem sequer vestígios havia (nada)
A luz era quase inexistente
apenas permanecia
a que da porta fugia
tentei procurar mais
via apenas uma lâmpada no tecto
não encontrava forma de a ligar
sentia cheiro a ironia
Por falar em tal
para quê aquelas cortinas
penduradas em torno daquele espaço?
observei por detrás
do pedaço de pano
(mais próximo de mim)
o que via era somente parede
não conseguia perceber;
enfim..
Parecia que algo
superior ao meu ser
quisesse me fazer sentir
o sentimento de falta de uma luz
que tinha tudo para aparecer
mas não existia
De repente, a porta fechou!
A partir dali
a escuridão de tudo tomou conta
sentia-me perdido naquela imensidão
apalpando o incerto que me fazia afronta;
até que..
Minhas mãos tocaram num áspero pó
cheirei provei pressupus
que era de cinza que se tratava
cada vez mais desesperava
O fogo que podia iluminar
já tudo tinha consumido
deixando apenas o seu rasto
para que eu o pudesse tocar
O medo me possuiu
Nada via
Os olhos fechei
(...)
Os olhos abri
Nada tinha mudado
Estava cansado
Gritei
Apenas o meu eco ouvi
..chorei
As lágrimas caiam-me do rosto..
Mas!
Sem aparente pressuposto
o chão começava a reluzir
eram as minhas lágrimas
que ali estavam a cair
Foi então que comecei
a correr por entre o vazio
em incessante procura
que o meu caminho d'água
mais luz reflectisse;
até que..
Via ao longe
uma pequena ranhura de luz
Corri
como se pelo ar que respiro
estivesse a lutar
(...)
Toquei na ranhura
percorri suas margens
e algo encontrei
Puxei!
(nada fazia)
Rodei!
(algo mexeu)
Voltei a puxar!
A LUZ tinha voltado!
Deixei ela me invadir
fechei os olhos para desfrutar daquele momento
senti o conforto do colo de mãe
senti-me pleno de sentimento
todo aquele sofrimento já tinha desaparecido
Voltei a abrir os olhos!
Tudo estava normal..
A luz havia ido
(mas com ela levou a sombra).
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Comentários
Re: Desfecho (Inesperado) Desejado
Viajei completamente no poema, fiquei dentro dele.
Entendi perfeitamente que tenhas fechado os olhos quando a luz voltou... :-)
Muito bom, gostei muito!
Beijo,
Clarisse
(Andei muito atarefada com o lançamento do meu livro. Agora espero retomar as leituras de forma habitual.)
Re: Desfecho (Inesperado) Desejado
Obrigado Clarisse :)
Foi mesmo uma viagem num pequeno espaço físico mas num espaço simbólico sem limites
Parabéns desde já pelo teu lançamento :)
Beijo
Re: Desfecho (Inesperado) Desejado
Olá David,
Obrigada.
Continua, gosto do que escreves.
Beijo,
Clarisse
Re: Desfecho (Inesperado) Desejado
Obrigado Clarisse :)
Beijo
Re: Desfecho (Inesperado) Desejado
Desconfiadamente
entrei por aquele buraco
de sombra e solidão
que absorveria toda a vida
que lá tentasse permanecer
mas por alguma razão
nem sequer vestígios havia (nada)
Fantástico!!!
:-)
Re: Desfecho (Inesperado) Desejado
Obrigado Henrique :)
Este poema exigiu uma meditação mais forte, pois foi baseado num sonho imaginado e passar imagens a palavras exige o seu tempo.
Abraço
Re: Desfecho (Inesperado) Desejado
Engraçado.... Fechares os olhos depois da luz voltar.
Gostei muito David.
Continua a escrevinhar.
Re: Desfecho (Inesperado) Desejado
Obrigado.
Depois de ter enfrentado tanto medo, acho que já nem sobrava tal receio em mim para desconfiar se a luz me abandonaria novamente.
Continuarei sempre :)
Abraço