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DILEMA
Sempre é surpresa a morte, porque não se chama amor! Meu sentimento é feito em farpa que no corpo se espeta por tanto te querer, e os dias em geometria são desanhados e em números são contados deixando os meus olhos sem porto onde atracar pois nada vêm a não seres tu meu eterno amor...
Sempre há surpresa na morte quando o amor é ausente e o silêncio também...
As lâminas da paixão que pela carne entram sem dó nem piedade até às entranhas de meu ser atingindo meu coração que sofre por ti constantemente...
Esta é a morte que se fala, uma morte d'amor, pois creio que já a vivi e vivo.
Morte calada na boca, pesando sobre o coração e por trás das cicatrizes existe sempre aquele amor que um dia tão livremente brotou... Cresceu e até que morra têm que desaparecer todas as estrelas que moram no céu, escuro, mas lindo como este amor...
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