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DIVAGAÇÃO
DIVAGAÇÃO
Eu quero ir para onde eu não vou
Não quero estar onde eu não estou,
No lugar onde nunca chegarei
E com os meus pés nunca pisarei.
Eu tenho na mente ideias que não conheço,
Sou aquilo que sou e não o que eu pareço.
Surgem – me ideias que nunca eu as pensei,
E penso nalgumas que nunca as virei.
Se desejar o que não penso,
A mim mesmo não me pertenço.
Sei que pertenço ao infinito,
E nesse espaço eu nunca fico.
Vou nas ondas do futuro que não vejo,
E chegar lá eu sempre desejo,
Mas, quando eu fujo, ele me persegue,
Sou eu que não quero que ele me pegue.
Quando chegar ao ponto de partida,
Já fui e já vim de seguida.
Quando parto do ponto de chegada,
Já dei uma volta sem saber de nada,
Já me embrulhei numa ida e volta,
Sinto – me preso e ando à solta,
Dei os meus passos esquecidos,
E trago comigo os vencidos.
Corre para mim e nunca chego cá,
Penso que chego e nunca chego lá.
Vou e venho num vento constante,
Não sei nada e julgo que sou importante.
Corto a meta da minha ilusão,
Mas parece que fiz uma grande confusão,
Penso que cheguei e estou de partida,
Vivendo esta minha ilusão de vida.
Venho de longe e nunca saí do meu lugar,
Estou preso a uma fonte que vem do mar,
Que fica na mais alta e verde colina,
Onde uiva o vento com uma voz tão fina.
Há uma vida que vive no meio do nada,
Mas parece que ela se sente cercada,
No nada dessa vida, vive tanta gente,
Que lhe provoca a ilusão que ela sente.
Fracos são os fortes que desprezam os fracos,
Pensam que são um todo e não passam de cacos,
Nascem e morrem no poder da Natureza,
E todos não passam duma poderosa fraqueza.
2007-Estêvão
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