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Dor
Estou só quando chegas. Trancas a porta, olhas-me com esse fogo, queimas-me viva. Aproximas-te, silencioso, pronto para reclamar o que te pertence. A perplexidade e o terror tomam minha mente, entorpecem meu corpo.
Permaneço ali, dormente, esperando. Algo, qualquer coisa. Ao início, um toque, uma mão deleitando-se algures num corpo impotente. Uma lágrima escorrendo, secando. Um irascível abraço, um aperto impetuosamente apaixonado. Um beijo, brusco, impiedoso, docemente incapacitante. Uma saia rasgada, uma vida perdida. Depois, entras. Com força. Violentamente. Um grito abafado. Uma súplica soluçante, inútil. Uma lágrima de sangue escorrendo, secando. Uma flor arrancada, uma concha quebrada. Uma estranha dor que não cessa, uma deliciosa tortura que não suporto. E tu sorris. Sorris de felicidade, enquanto eu te ofereço a minha vida.
Preparas-te, sentes que é o fim. Agarras, apertas, estrangulas meu corpo contra o teu, luminoso, triunfante. Um suspiro, um choro imperceptível que libertas em mim, e fecundas-me com a tua raiva. Agora repousas, de volta a ti. E eu deixo-me adormecer, fujo do mundo, e sonho que sorrir está ao alcance de uma lágrima.
E prometo a mim mesma: amanhã, o sangue derramado será teu.
Prometo.
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Comentários
Dor
O fogo por onde a alma passeia quando amamos!!!
Amor e ódio de mãos dados em nó que este poema tenta desatar!!!
:-)