CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Ela
Fazia anos que não a via,
Ainda estava só e desconsolado...
E ela ali, radiante ao meu lado,
Provocando-me frenética taquicardia...
Seus lindos olhos não perceberam os meus
Que estavam atônitos, literalmente atordoados...
Ela sorria revelando os dentes bem cuidados
E logo todo um passado distante me envolveu.
Pude observá-la detalhadamente,
Notei que em nada ela mudara...
Seus longos cabelos presos numa tiara
Recordaram-me aquele rosto jovial e inocente...
O tempo que passou a tornara mais bela,
Transformara-se numa mulher experiente...
Seus modos eram os mesmos de antigamente
E em meu íntimo ainda a amava tal qual ela era.
Não desviei meu olhar um só instante,
Era preciso dissipar o meu deserto...
Agora que ela estava tão perto
Renovava-se em mim um sentimento distante.
De súbito tomei coragem e me pus à sua frente,
Era tudo ou nada para mim aquele momento,
Minhas pernas tremiam de contentamento
E ela me reconheceu imediatamente.
O susto a deixou petrificada,
Seu copo espatifou-se no chão...
Transferi a taquicardia para o seu coração
E segurei suas mãos trêmulas e geladas.
Duas lágrimas rolaram em sua face,
Ela não acreditava no que via,
Era o final de uma longa nostalgia
Que não havia sentido se continuasse...
Igualmente a mim ela estava só
E nos beijamos depois de tantos anos...
Ali mesmo fizemos planos e nos abraçamos
Desatando de dentro nós aquele nó.
Assim é a vida de quem ama,
Curte-se a saudade até onde ela for...
E para concretizar-se um grande amor,
Mata-se a dor em cima de uma cama !
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1029 leituras
Add comment
other contents of imelo
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Soneto | COMBUSTÃO | 0 | 640 | 02/23/2020 - 00:56 | Português | |
Poesia/Geral | CONCOMITANTES | 0 | 631 | 02/11/2020 - 01:39 | Português | |
Poesia/Soneto | EXÍLIO | 0 | 844 | 02/10/2020 - 02:59 | Português | |
Prosas/Outros | BATALHA | 0 | 1.875 | 02/09/2020 - 16:39 | Português | |
Poesia/Soneto | ERA UMA VEZ... | 0 | 848 | 01/28/2020 - 23:56 | Português | |
Poesia/Amor | PROVAVELMENTE POSSÍVEL | 0 | 1.234 | 01/26/2020 - 18:00 | Português | |
Poesia/Soneto | ANAMNESE | 0 | 557 | 01/24/2020 - 23:32 | Português | |
Poesia/Soneto | ALQUIMIAS | 0 | 976 | 01/24/2020 - 01:24 | Português | |
Poesia/Geral | ATMOSFERA | 0 | 585 | 01/21/2020 - 03:47 | Português | |
Poesia/Soneto | POSTURA | 0 | 711 | 01/20/2020 - 23:13 | Português | |
Poesia/Soneto | PSICANÁLISE | 0 | 713 | 01/20/2020 - 03:32 | Português | |
Poesia/Soneto | METÁFORAS DO MUNDO MODERNO | 0 | 1.147 | 01/19/2020 - 15:58 | Português | |
Poesia/Geral | THE MIRROR | 0 | 2.615 | 01/19/2020 - 00:34 | inglês | |
Poesia/Geral | THE MIRROR | 0 | 2.297 | 01/19/2020 - 00:12 | inglês | |
Poesia/Geral | REGALOS DA EXISTÊNCIA | 0 | 711 | 01/18/2020 - 03:42 | Português | |
Poesia/Soneto | FRENESI | 0 | 679 | 01/17/2020 - 00:10 | Português | |
Poesia/Soneto | DIACRONISMO | 0 | 695 | 01/16/2020 - 00:16 | Português | |
Poesia/Soneto | DIACRONISMO | 0 | 867 | 01/16/2020 - 00:12 | Português | |
Poesia/Soneto | ALÉM DA MORTE | 0 | 537 | 01/15/2020 - 21:38 | Português | |
Poesia/Soneto | RETOQUE | 0 | 801 | 01/15/2020 - 00:42 | Português | |
Poesia/Soneto | IRRUPÇÃO | 0 | 625 | 01/14/2020 - 02:05 | Português | |
Poesia/Geral | TERRA MARINHA | 0 | 1.113 | 01/02/2020 - 02:13 | Português | |
Poesia/Gótico | TERROR NOTURNO | 0 | 1.372 | 01/01/2020 - 23:23 | Português | |
Poesia/Geral | CICLO DAS IDIOTICES | 0 | 1.121 | 01/01/2020 - 12:59 | Português | |
Prosas/Contos | Lembranças de Inverno | 1 | 1.619 | 02/27/2018 - 12:28 | Português |
Comentários
Re: Ela
imelo!
Ela
Igualmente a mim ela estava só
E nos beijamos depois de tantos anos...
Ali mesmo fizemos planos e nos abraçamos
Desatando de dentro nós aquele nó.
Assim é a vida de quem ama,
Curte-se a saudade até onde ela for...
E para concretizar-se um grande amor,
Mata-se a dor em cima de uma cama !
Lindíssimo seu Poema, ao todo!
MarneDulinski