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Em nome do Amor


A noite caiu lenta e suave sobre o parapeito da minha janela entorpecida… Senti o gemer da escuridão fria e arrogante. O vento ameaçou passar as tréguas da minha vidraça. Deu luta… mas fracassou.
Fui ao encontro da claridade… do calor… da alegria…do bem-estar… Não encontrei…! Onde estariam as minhas preces? Onde estariam as coisas boas que me trazem a vaidade de viver a vida? Cada dia dos seus dias?
Sentei-me no sofá da minha tão ilustre cozinha, e dei-me conta que à minha volta estava apenas rodeada de bons sentimentos… iluminada pela fantasia, pela ilusão, pela magia ou pelo sonho de estares aqui. Por uns momentos levantei os pés e assentei-os de novo no chão. Não te vi… percebi que o que via, era então, a realidade destemida de estar longe de ti.
Caiu a lágrima sobre o meu peito… sentiu-se o borbulhar dos meus pulmões… o palpitar do meu coração… o tremer assustador das minhas pernas e dos meus braços… a força divina das minhas mãos. Ousei agarrar-te, pedir-te que ficasses! Por uns breves instantes ia cometendo essa loucura… Mas percebi a tempo que não estava na altura certa, no lugar autêntico, na hora singela… Tal acção (tornada realidade) seria sobrepor-me à minha pureza… e esse gesto seria aludir a minha inocência.
Resta-me apenas honrar a minha vida. Pelo que é, graças a quem me rodeia. E tu meu amor, fazes parte da orquestra que compõem as múltiplas músicas que preenchem o meu coração. Apenas te poderei agradecer por isso. Por fazeres parte de mim, por me dares algum alento, por me fazeres sorrir, por me abrires a tua porta para que eu possa ir ao encontro da felicidade.
As estrelas jazem num céu contemplado pelas nuvens escuras que ameaçam sacudir as suas mágoas num horizonte aparentemente plano. No verde regular do meu jardim, as folhas arrastam-se indefinidamente como que pedindo que a alguém as apanhe antes que os seus corpos possam ser destruídos. Mas, abro a porta, olho a natureza em fúria e volto a fechá-la de novo.
Não és tu…não são as tuas mãos que me batem nela para vir ao meu encontro… não são os teus olhos que choram gotas para que possa com os meus dedos enxugar as tuas lágrimas. Não são as tuas palavras que flutuam por intermédio daqueles gritos ensurdecedores.
Os meus passos andaram para trás num rosto envolto de tristeza… Os meus olhos escureceram… os meus lábios murcharam, deixando de estarem ambos a mesmo nível… O meu lábio inferior sobrepunha-se sempre. Inspirei fundo e expirei as minhas mágoas.
Do nada surge-me um peso tremendo no meu cérebro, um carregar na minha consciência… Uma voz assustadora me disse: “A tua missão é fazer feliz os que amas e não demonstrar o quão triste estás por não estares junto deles.” Que poderia eu fazer mediante este pensamento? Seria verdadeiro? Seria Honesto? Seria a minha sanidade ou insanidade que falara? Não deverei afinal pronunciar os meus problemas mas somente as minhas alegrias? Foi rápido enquanto a resposta chegou até mim… Outrora e longínqua, uma outra voz do meu alheado pensamento me respondera com suavidade: “ A tua sanidade pede-te que fales também dos teus problemas mas que estes não sejam demais que as tuas alegrias… a tua insanidade julga que devas apenas falar dos teus enigmas, pois as alegria são momentâneas. Escuta o lado saudável do teu cérebro, e tornarás sadio, cada parte sublime do teu corpo humano.”
Eis que a lição da noite fora essa mesmo…escondida por metáforas que passavam para além das palavras… afinal, deverei lamentar-me por estar triste, ou sorrir porque consigo entristecer? Esta é a prova viva de que sou uma pessoa saudável… esta é a base que demonstra que tenho um coração robusto… autêntico… genuíno… que alma ama que não sofra? Que coração gosta que não critique?
No fim de contas, sou feliz… e com apenas vinte e dois anos, posso dizer que sei amar! Amar de verdade! Sentir na pele cada arrepio da tua ausência… sentir no meu corpo o calor que a tua presença me transmite quando me tocas… Sentir palpitar o meu coração ao contar os dias que faltam para te ver…
Termino, ajoelhando-me a teus pés pedindo-te que fiques comigo… que me aceites como sou, nas minhas diferenças, igualdades e conjuntamente com as divergências que tenho para contigo. Estendo as minhas mãos para que os teus lábios possam beijá-las… Receio ouvir um SIM…
 

Carla Varanda***

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quinta-feira, março 10, 2011 - 00:39

Poesia :

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Varanda

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Comentários

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uau... o seu texto esta muito

uau... o seu texto esta muito bonito.

escreve muito bem...

 

até mais,

ana fm

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Muito Obrigada!! Como ja

Muito Obrigada!!

Como ja referi os comentarios incentivam-me!!! :)

Escrevo tal e qual como sai na alma, e no momento. Nada é mais verdadeiro e puro do que a minha escrita.

Bem-haja!

imagem de MarneDulinski

Em nome do Amor

Lindíssimo texto, gostei demais,  meus parabéns!

O amor cura e acerta tudo, é só ter calma...

MarneDulinski

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Obrigada!! Os vossos

Obrigada!! Os vossos comentarios ajudam a que continue a escrever :)

O meu maior sonho, era demonstrar a profundidade do meu coração, emoção e pensamento através da publicação de um livro!

Um sincero bem Haja!!

 

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