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Ensaio sobre gravidade
É nas pessoas que se conhece o mundo…
Às costas, uma obra em ruínas
Pedregulhos e estilhaços de vidro
Que deixo na berma da estrada
Se a subida fica íngreme
Bebo licores, cambaleio, mas sigo em frente
Dêem-me o ópio da china
Para sair fora de mim
Conto pequenos dilemas a grito
Deixo os mortos para trás
Mais a dor ao abandono
Para aliviar o peso, porque ainda falta caminho
É esta raiva
Que me leva para ao fim
As juntas já vertem diesel nas plantas
Porque a máquina tem folgas
Paro na oficina do tempo, uma e outra vez
E espero por Newton
A vida é um alpendre invisível
De tábuas que rangem aos passos
De espanta espíritos magnéticos
De cadeiras empoeiradas
Com vista para um pomar de macieiras
E descontos fim de estação
É nas pessoas que sinto gravidade.
Costa da Silva
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Poesia :
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Comentários
O mundo é perfeito com todos
O mundo é perfeito com todos os seus defeitos
Mas a pessoas, essas não…
Faz pensar tua poesia, e é bem verdade aquilo que dizes,
Gostei de te ler
Beijo