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Entrejogado ao monte

Maldito jogo que faz de poucos fortes
E os burros afortunados deixam loucos
Regras tortuosas, fáceis... pega-se logo
Lógica inveterada em grandes brotos
Quem joga é bom ou mal no alcance
Meios termos são vermes impróprios sem lances
O blefe é infreqüente... mas, a todos engana
Homens e mulheres blefam por grana
Dividem-se entre fortes e fracos
Que escolhem entre si seus buracos...
Covas de história, ela inteira
O comum imóvel no móvel uno da esteira e,
Nada se perde em tempos de barganhas
Jaz comprovado o ápice infindável na entranha
De estranhezas que envolvem nosso coro
Entre mesas cartas de gigantes que jogadas foram
Cartadas aos cortes, imperfeitas letras
Sonambulismos, sórdidas muletas
Que sim, venham aprazer minhas fontes
Perturbar minha casa e retratar-me ao longe
Descarte-me assim sem sentido inteiro
Pois não sei buscar seu paradeiro
Dê-me ânimo que estou tonto e amarrado
Saberes tais, quão não estar desacordado
Contente estrondo afoito que se rompe a corda
Atravesse-me agudo e me acostume à borda
Toalhas, fixas sondas que deitam baralhos
Dados, moedas, potes, pedras, cabais falhos
São alvos meus quando descontente às armas
Dê-me um oráculo certo que o demônio trava
Que respondo o que ele diz em sua razão
Em seu idioma póstumo que reina. Então
Quais são melhores na estratégia e aposta?
Qual lei se impõe em quem ganha e gosta?
Qual miserável tende a ser mero estrupício?
Em que ordem, posto que em mim, faz volta o desperdício?

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quarta-feira, maio 26, 2010 - 02:10

Poesia :

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Duds

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