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Epigeus Carbóneos

Rabisquei à impregnação,
em sibilários das sombras,
com acidificações em curvatura,
dos abstractos limoeiros,
envolvência em perdições,
para falésias folhadas.

Nas fissuras se revolta o húmus,
tinturas que se apagam,
enaltecidas brancas pinceladas,
por negra tela expressionista.

Torturados em rugas,
em tempo de o não existir,
por coalhadas sensações,
plantados em sol sedento,
papiros rasgavam-se das telhas.

Regados ao suor reptiliano,
andrógino sobre luas,
rejuvenescência fotossintética,
transmórfico tormento da areia,
por folhas derramadas,
cinzento escrevinhado.

Esvoaçantes áridos pronunciados,
de nomes inomináveis,
com lembrança do meu esquecimento,
cravações às nervuras,
que ansiavam a lápide,
mas os milhafres percebem a clorofila.

Plantadas as flores do mal,
em virgens jardins epicuristas,
risos satânicos,
germinados do caos,
descrevi-me de fumos,
pelas artes da memória,
prefaciados aos giordanismos perceptivos,
contei eternos retornos,
sibilância serpenteada à cauda,
carbonos de um agora ao infinito.

© BM Resende

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domingo, junho 14, 2009 - 07:04

Poesia :

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BMResende

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Comentários

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Re: Epigeus Carbóneos p/ BMResende

Olá poeta

Sempre leio os teus poemas, admiro a tua escrita
por ser assim,diferente, no palavreado. Quase sempre
preciso recorrer ao dicionário.
Não comento porque muitas vezes não sei como comentar
a entendo para mim e gosto da tua poesia....

beijinhos no coração

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Re: Epigeus Carbóneos p/ BMResende

Obrigado, muito sinceramente, pelo comentário, muitas vezes os sinais da presença são o suficiente para as emoções não fluam para o espaço vazio.

Acho que cada indivíduo é um indivíduo, assim sendo, mesmo existindo muitos fragmentos de personalidade e comportamento que podem ser universais, alguns não o são, acho que a poesia é uma excelente forma de explorar a beleza dessa diversidade.

As palavras existem, apenas etamos sujeitos, por várias condicionantes morais e culturais, ao uso de um pequeno punhado, o que, para mim, faz com que a expressão e comunicação Humana se torne cada vez mais difícil, por não se conseguir comunicar emoções e outras construções mais abstractas da consciência.

Beijo. :)

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