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Escrava da língua
Mulher que te sentas
Nos degraus das escadas
Com tuas comadres,
Da vida alheia
Das gentes que passam
E delas falando…
Em dias de sol
Na sombra estás
Sentada, postada
Vendo quem anda
Nas lidas da vida
P’ra frente e p’ra trás!
Sem dó, nem piedade!
Por mais doce que seja
O sumo da laranja,
Mulher de idade…
Da tua boca só saem
Amargas palavras.
Maldita mulher,
Que tanto inventas
E juras saber
Da vida dos outros
E pés juntos rezas…
E quem tanto desprezas.
Comadres sentadas
Naquelas escadas…
Atentas meninas solteiras
De casa não saiam
Que dessas mulheres
Serão prisioneiras!
Mulher venenosa
Que tanto sorris
Desdenhas da forma
Que a vida nos toma
Pensando malvada
Que és algum juiz.
Mulher desprezível
Que sonhas de noite
Descobres segredos,
Inventas histórias,
Com tuas comadres
Situações irrisórias.
Calcada no tempo
Enfeitas a fala
Malvada que és,
Cuspindo veneno
A cobra serpente
Nem chega a teus pés!
Mulher tão profana
Escrava da língua,
Não tens coração.
Um dia ainda vou
Lavar tua boca
Com água e sabão!
Carla Bordalo
Desengane-se quem pensa o contrário, mas dedico estas linhas às vitimas que de uma forma ou de outra ainda sofrem com estas “comadres”.
Existem muitas por aí!
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Poesia :
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Comentários
Re: Escrava da língua
Gostei muito do poema. É verdade que ainda existem muitas comadres que mais não fazem do que se entreterem com a vida dos outros, pois elas próprias não têm...
Mais dia menos dia, acabam por sofrer as consequências dos seus actos e palavras.
Gostei muito!
Abraços,
Clarisse
Re: Escrava da língua
Carla,
Simplesmente adorei o teu poema.
Conheço muitas dessas comadres.
Beijinho
Nanda
Re: Escrava da língua
Olá Carla
Nossa!!! Somente uma palavra para
descrever o que senti ao ler-te...
--------SENSACIONAL-------------
Parabéns pela criatividade de plavras
para descrever o que acontece (infelizmente),
o tempo todo e no mundo inteiro....
Beijinhos no coração
Re: Escrava da língua
mariacarla ;
São como cogumelos, e musgo.
São uma praga de bom viver.
Sempre têm algo a dizer
as boas comadres!
Re: Escrava da língua
LINDÍSSIMO POEMA, GOSTEI MUITO, NÃO PELOS VENENOS DAS COMADRES, ESPALHANDO FÉL E INTRIGAS EM SUAS RODINHAS; ATÉ NOS ANOS DE AGORA, ACONTECE,GERALMENTE EM CIDADES COM POPULAÇÕES MENOS DENSAS!
GOSTEI MUITO DO TEMA ABORDADO, QUE POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, AINDA ACONTECE EM TODOS OS LUGARES, UNS EM MENOR OU MAIOR GRAU!
Meus parabéns,
Marne
Re: Escrava da língua
mariacarla :-)
Pois..... :-) essas criaturas, têm a língua mais
afiada do que uma catana!....
São chamadas (freelancer)
:oops:
Gosto da tua escrita!
Muito bom!!!
Paz,e luz
mm
Re: Escrava da língua
Vejos que essas comadres, aqui mais conhecidas como beatas, são figuras presentes no mundo todo, e sempre assim, "falsas santas".
Gostei bastante. Bj
Re: Escrava da língua
Mraia carla,
Na verdade o teu poema descreve de uma forma muito realista muitas verdades que ainda se vivem por aí. São enganos tolos de quem pensa, que viver é simplesmente satisfazer os vícios de línguas inquietas em malfadados jogos de dizer, ou saber que se finge saber de outros.
Serão sempre fugas, para os reais problemas internos de cada um
Gostei de ler
Beijo
Matilde D'Ônix
Re: Escrava da língua
Que beleza de poema,
Maria Carla.
Gotei muito.
:-)