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Esquecer-te... outra vez

Um dia poderia dizer-te as razões pelas quais voltei a escrever e porque decidi usar-te como tema para o meu desabafo. Seria demasiado óbvio, confesso, mas mais óbvios são ainda os sentimentos que me invadem o pensamento quando estás por perto.
Queria poder deixar de pensar em ti. Usar todas as ferramentas possíveis para esquecer que a vida te colocou no meu caminho quando menos esperava e quando o meu rumo parecia tão incerto. Dizer-te que tudo foi em vão e que este imprevisto chega, finalmente ao fim, aqui. Mas depois voltas, com toda a serenidade que me afeta aquele órgão ridículo a que chamam de coração, e sabes? Todos os meus pensamentos se alteram em redor de ti e das nossas conversas, causando uma elevada instabilidade que envergonha qualquer vento ou corrente que se considere inconstante.
Queria poder dizer-te que neste momento me deixas confusa, sem rumo e sem solução. Que não posso evitar todos os teus olhares envergonhados, os sorrisos que escondes entre a face e todas as palavras que, em conversas, ficam por dizer, mas aí me prendo ao facto de saber que nunca iremos ter coragem nem certeza suficiente para saber intrepretar qualquer troca de afeto. E isso magoa e deixa-me sem rumo p'ra caraças!
Mata-me saber que, em nenhuma ocasião, te tenha ocorrido que sempre estive presente, mesmo sem te aperceberes e que, mesmo assim, quiseste entregar-te a ela.
Esperei tanto e agora, o tempo virou-se contra nós.
Tudo o que eu queria eras tu... mas tu só a vias a ela.
Tentei falar-te... mas tu só conversavas com ela.
Corri atrás de ti, sem pensar nas possíveis consequências que isso me traria... mas tu, mais uma vez, foste atrás dela. E aí, o mundo parou, o ponteiro do relógio que me fazia viver por ti não se voltou a mover e tudo se alterou.
A tua ida tornou-se tão notável que, cada lágrima vertida por mim tinha, sem dúvida, o teu nome e significava cada minuto da tua ausência.
E ela? Sorria e contemplava o facto de saber que a probabilidade de ser tua ultrapassava o imaginável e que seria, na hora do sono, dona e intérprete de cada sonho teu. E eu não seria mais do que aquela que acolheste um dia, como tua, no teu coração. Injusta a vida, não é? Cria em nós sentimentos tão inutilmente precoces, que atravessam e moldam cada traço que nos define, para no final nos insultar e humilhar por acreditarmos, um dia, que talvez tudo pudesse dar certo.
E agora confesso-te. Sem rumo voltei a ficar. Por nunca teres percebido que havia algo mais entre nós; que tinhamos muito mais para dar e, principalmente, que fui eu quem sempre te quis.

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quinta-feira, dezembro 22, 2016 - 04:52

Poesia :

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Tatiana Ferreira

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