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Essa desilusão selvagem

Nas névoas da minha mente vagueio,
Memórias confusas, um emaranhado de enredos.
Fujo de uma cidade que um dia chamei de lar,
Por uma desilusão que me fez chorar.

As ruas que antes eram conhecidas,
Agora são sombras, por mim esquecidas.
Caminho pelas vielas do esquecimento,
Buscando encontrar em algum lugar alento.

Perdido entre lembranças distorcidas,
Os momentos se misturam, realidade perdida.
Um coração partido, sonhos despedaçados,
A tristeza me envolve, sentimentos amargurados.

Deixei para trás amigos e amores,
Em busca de paz, longe das dores.
Mas as memórias me assombram, implacáveis,
E eu me pergunto se algum dia serei capaz.

Capaz de deixar para trás o passado,
Enfrentar as sombras, seguir adiante, ousado.
Reconstruir minha vida, encontrar alegria,
Em novos horizontes, onde a esperança se anuncia.

Memórias confusas, eu as enfrentarei,
Aos poucos, a clareza encontrarei.
Pois dentro de mim há força e coragem,
Para superar essa desilusão selvagem.

E assim, seguindo adiante, eu sigo,
Carregando comigo o aprendizado antigo.
Não fugirei mais das memórias que me perseguem,
Pois são elas que moldam o ser que hoje eu me tornei.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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quinta-feira, junho 8, 2023 - 01:14

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