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Eu (quase) acreditei

Não existe miséria e ninguém passando fome
Foi o que me disseram
Depois que vi pessoas dormindo ao relento
Sem ter o que forrar o estômago
E passar o dia na fila do osso
E eu (quase) acreditei.

Não há violência nas ruas
Nem sangue derramado nas calçadas
Foi o que alardearam aos quatro ventos
Mesmo depois de ver
Corpos estirados pelo chão dos morros
E eu (quase) acreditei.

Até cheguei a pensar
Que eu era o único palhaço no palco
E que as prostitutas
Fossem as únicas putas nessa sociedade
Acreditem
Eu (quase) acreditei nessa ladainha
Sem saber que era apenas mais uma marionete
Nas mãos de um sistema de anúncios
Controlado pelo Estado.

Mas, eu não acredito mais
Em Papai Noel, Bicho Papão
E muito menos
Que a verdade seja ingenuidade das crianças.

Deve haver, em algum lugar,
Uma imagem real da sociedade
Que não seja apenas um reflexo no espelho.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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sábado, outubro 29, 2022 - 13:14

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Odairjsilva

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