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Eu quero amar, amar perdidamente! (II)
Como reflexo duma paixão exasperada
Ao léu a infâmia do teu pecado nos domina;
Façamos tudo que a moral tanto abomina
Perante esses olhos sombrios na madrugada.
Pois que assim seja! Já com a alma encomendada
Gozar das forças da nossa carne libertina;
Nossas veias de tão regadas à morfina
Levem às nuvens nossa mente alucinada.
Olha só como pode ser em um segundo,
Carícias nada fraternais tocando a fundo
Esse corpo monumental de belo porte:
Parar nos céus ou mais além, mesmo perdidos
E ao prazer máximo na escala dos sentidos
Chegar ao clímax num duplo pacto de morte.
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Poesia :
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Comentários
Meu querido amigo, Charles,
Meu querido amigo, Charles,
bem denunciam os títulos, destes teus sonetos/fragmentos: "Eu quero amar, amar perdidamente" (já o dizia Florbela Espanca), o quanto te entregas, sem pudores nem meias palavras, sem estigmas nem contenções, a um amor, que só se diz se for por inteiro, e foge ao que é tido por uma normalidade obtusa. Fica-me esta frase, que confirma isso mesmo: "Façamos tudo que a moral tanto abomina..." . Amar sem regras, até ao cansaço final e à satisfação plena. Lerei aos poucos, os demais sonetos, desta saga.
Abraços meus.
Jorge Humberto
Muito obrigado Também estou
Muito obrigado
Também estou adorando me deliciar nos teus poemas.
Espero que haja sempre novidades na tua página.
Mais uma vez agradecido por seu comentário e fique com Deus