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Facundo vendo e alugo (dois movimentos)

I

Não sei se fiquei louco ou inconsequente
Depois de tantas misérias por mim
Já vividas. Definitivamente
Despi-me de fútil razão, enfim.

Aproveito tal momento demente,
Insanidade que me guia assim
Como tocha em noite de luz ausente,
Para reclamar minha dor sem fim.

Deixem-me a sós os crentes deste mundo
Pois me veio meu lado mercantil;
Farei fortuna de viés rotundo!

Não empresto, não dou, nem serei gentil:
Alugo o meu, a preço caro, facundo,
“Foda-se!” e vendo o “Puta que o pariu!”.

II

Paga-me quem quiser gritar comigo
De desespero, de angústia, de nojo.
Deposita tua ficha e te ficho
Contabilizo-te e listo no bojo.

Riquezas do tamanho do infinito
Terei em pisarmos na senda de tojo.
Pois o mundo é um grande saco de lixo,
É mãe com filho que despreza o amojo.

Cansei-me de ser bom, pensar bonito,
Por isso em afã de loucura arrojo.
Não sou mau, apenas humano. Sou aflito.

Sou carne. Quiçá o que me cause enojo
Seja ler e reler texto rescrito,
E lá fora se fartam de vão antojo.

 

 

 

 

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domingo, dezembro 4, 2011 - 02:08

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Cortilio

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Obrigado por compartir comigo

Obrigado por compartir comigo esse momento de desafogo, amiga Sofia. Mais uma vez, muito grato pelas palavras e pelas visitas.

Carinhos.

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