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Fantasia - O que me resta
O luar tem dores musculares,
a lua rompeu o tendão do novelo,
desenrolam-se os segredos lunares
no ópio frio de um último apelo.
.
Na estrela rasgada pelos campos
Cai a nebulosa do meu pulmão
Riscam-se no vidro os pirilampos,
que desenhavam cravos no chão.
.
Amanhã não sei o que direi
no reflexo azul da pele suja...
Nem tão pouco o que sonharei
perante o grito escuro da coruja.
.
O negro das minhas tristezas
deambula na carne imperfeita,
e tu nem sabes as impurezas
que derramas na minha cama desfeita.
.
Já nada me resta senão a utopia
de escrever palavras em verso
que te alcancem um dia
quando o meu rosto ficar disperso.
.
Amanhã vou sentir poeira
entrar-me na garganta fundida,
ateando fogo à torneira
de onde bebo a água entorpecida.
.
Subo degraus em demasia...
A música que toca não me encanta.
Já só me resta a maresia
que num suspiro sempre me espanta.
rainbowsky
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Poesia :
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Comentários
Re: Fantasia - O que me resta
O luar tem dores musculares,
a lua rompeu o tendão do novelo,
desenrolam-se os segredos lunares
no ópio frio de um último apelo.
O que nos resta!!!
:-)
Re: Fantasia - O que me resta
"Na estrela rasgada pelos campos
Cai a nebulosa do meu pulmão
Riscam-se no vidro os pirilampos,
que desenhavam cravos no chão."
Um registo diferente do teu habitual, onde recorres mais à rima e à musicalidade em vez da liberdade fluída do sonho e do sentir!
Interessante encontrar-te num estilo mais regrado!
Gosto sempre de te ler, não obstante o registo, a tua alma é sempre pura!
Beijinho grande em ti!
Inês
Re: Fantasia - O que me resta
Rain,
Belo poema,
O negro das minhas tristezas
deambula na carne imperfeita,
Subo degraus em demasia...
A música que toca não me encanta.
Cecilia