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Flagelo

Punição severa
Chafurdado num mar de absinto
Não sabe mais o que fazer
Para livrar-se do medo
Dos pensamentos alucinantes.

Aqui deitarei o meu enredo
Viver no deserto
E tornar-se o senhor absoluto
Dos destinos impermeáveis
Feitos labirintos indecifráveis.

Castigo moral
É o que sente na alma
Com os olhos eternamente fechados
Procura esconder as loucuras da infância
E apagar as memórias solitárias.

Aflição de tempos imemoriais
Traçado no imaginário
De onde se via deitado no próprio jazigo
E nunca fora percebido
Pelos transeuntes noturnos nas sombras.

Angústia e flagelo
De aventuras nas memórias coletivas
Sangramentos e feridas abertas
Testemunhados pelos que não dormem
Porque foram destinados a sofrerem para sempre.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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segunda-feira, novembro 21, 2022 - 11:05

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Odairjsilva

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