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FOLHAS CAÍDAS

 

Folhas caídas

 

 

 

Luz  da cor das folhas caídas tem o Outono,

Que caem no chão, inertes ao abandono,

Toda a gente as pisa enterrando a sua triste cor,

Que o Outono simbolizam, até perderem o amor.

 

Verde foi o seu nascimento e não sendo folhas perenes,

Tornam – se folhas secas e castanhas pelos seus genes,

Todos os Outonos nascem, vivem  e morrem,

E pelo chão donde nasceram se consomem.

 

Pela Natureza assim foram concebidas,

De verdes e viçosas, passam a folhas caídas,

Iluminadas pela luz mortiça do tempo,

Elas não resistem a um pequeno sopro do vento.

 

Jardins de lindas flores, atapetados de folhas apagadas,

Cobrem o chão para serem sempre pisadas,

Os olhos nem se apercebem que elas perderam a vida,

Para depois serem misturadas com a terra perdida.

 

Folhas caídas são folhas tristes da indiferença,

Dos passos que as pisam sem sentido de presença,

Outras levas – as o vento para o nada desconhecido,

Que pertence ao mundo onde nada está esquecido.

 

Na Primavera novas folhas tornam a nascer,

Trazem o brilho da vida, com o destino de morrer,

Assim é o destino das folhas caídas,

Que ora se encontram, oram ficam vencidas.

 

 

 

Tavira, 17 de Junho de 2009 – Estêvão

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segunda-feira, dezembro 17, 2012 - 11:37

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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