Frascos de vidros (charada em poesia)

De vidro são os três frascos
Tampados  com maestria,
Não quentionam os fracos
Ao ver charadas na poesia.

Contêm refinados extratos
Fatores que reluzem ao dia,
Com luzes de belos refratos
Cintilam mais que prataria.

Um elixir que inebria o olfato
Com uma gota de sabedoria,
O frescor de orvalho do mato
Junto ao sabor das manjarias.

Seriam frascos com vento?
Talvez licor da juventude?
Seriam apenas unguentos
Melados de amor que ilude?

Fluídos fervilham compactos
Com um borrifador de spray,
Oh meu juízo insensato
Me diz o que há nestes três?

Se alguém decifrar esses frascos
Que não contém drogarias,
Selados com seus pactos sacros
Refletem muitas apologias.

Só sei que existem de fato
Tal um trevo em algum jardim,
De vidro são três frascos
Quem os decifra pra mim?