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A Garota do Bar
Numa dessas noites
Quando vagava pela cidade
Parei em um bar qualquer
Na esquina de duas ruas.
O ambiente carregado
Cigarro, cerveja e fumaça
Misturada ao suor de alguns causavam angústia.
Poucas pessoas e muito barulho
Músicas, vozes, gritos.
Transitei entre as pessoas do bar
Mas, como um fantasma
Não fui percebido.
Num canto sentei-me
E fiquei a observar o ambiente.
Tempos depois ela apareceu.
Uma garota.
Morena de olhos negros
Agora com uma mistura de vermelho.
Cabelos pintados de um marrom tosco
Escondia uma beleza há muito tempo desfeito.
O rosto carregado de maquiagem
Não conseguia esconder a tristeza de uma vida perdida.
Olhou-me com um sorriso nos lábios
Sem perceber que não conseguia esconder a vida sofrida.
- Quer tomar uma cerveja – perguntou-me.
- Sim – respondi – desde que me acompanhe.
Enquanto olhava para a espuma da cerveja
Falou-me de sonhos perdidos.
De uma vida que jogou fora um dia
Ao escolher um caminho diferente do traçado pelo destino.
Não conseguiu esconder a saudade dos filhos
Que outrora estivera em seus braços.
As luzes fracas do bar e o barulho de sons misturados confundiam
A mente insana daquela garota.
- Mas você também não me parece muito feliz – indagou-me.
- Deixei que o amor voasse pela janela e por ele não lutei.
Sua pele morena refletia o anseio de mais uma noite de amor.
Não pelo prazer e sim pela necessidade de sobrevivência.
Mas não me senti à vontade.
Aquela mulher lembrava a que me deixou um dia
E, com certeza, poderia estar em algum bar da vida.
Triste vida dessa garota.
Em vários braços durante a noite
Mas, com o coração abandonado.
Faz amor com vários durante o crepúsculo
E, ao amanhecer está com a vida vazia,
Sem amor e sem esperança.
Odair José
Poeta e Escritor Cacerense.
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Comentários
Re: A Garota do Bar
Bom poema, gostei de ler! :-)